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Titulo: Mosteiro da Batalha– gestão e interpretação
Resumo: O Mosteiro da Batalha, Panteão Régio da dinastia de Avis desde a 1ª metade do séc. XV, monumento nacional desde 1911, memorial do soldado desconhecido após 1921 – foi, desde a sua origem, lugar de memória identitária, pelo que nele se identificam não só valores artísticos e arquitetónicos singulares, que o tornam obra prima do gótico europeu, mas também valores simbólicos e míticos.
Desde 1983 – Património Mundial da Humanidade – o Mosteiro da Batalha é um dos mais visitados do país, com 80% de visitantes estrangeiros.
Na primeira parte da comunicação, identificam-se as principais linhas estratégicas do atual plano de gestão, subentendendo-se naturalmente esse exercício fundamental de conciliar dinâmicas locais com dinâmicas internacionais, num compromisso que é sempre de futuro.
Por outro lado, o Mosteiro e, por consequência, a vila da Batalha - que com ele surgiu e ganhou forma - foram objeto de drástica reconfiguração a partir do momento em que, após extinção da comunidade conventual, o edifício passou a ser encarado exclusivamente como monumento à glória dos Portugueses. A esta drástica transformação do edificado e da paisagem, estruturada ao longo de pouco mais de 120 anos, opõe-se uma história ancestral de 450 anos.
A segunda parte desta comunicação pretende identificar as motivações das transformações ocasionadas na paisagem e apresentar as soluções interpretativas de reconciliação memorial que têm sido encontradas e implementadas localmente.
Notas Biográficas
Joaquim Ruivo
Nasceu em 1959, freguesia da Caranguejeira, Leiria.
É licenciado em História pela Universidade de Coimbra e professor efetivo na Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo – Leiria. Possui o Curso Pós-Graduado em “Dinâmicas Religiosas no mundo contemporâneo”, pela FCSH- UNL.
De 2006 a 2012 foi presidente do Centro do Património da Estremadura e, nessa qualidade, vogal da Associação de Desenvolvimento da Alta Estremadura.
Foi vice-presidente e presidente da Assembleia Geral da Amnistia Internacional – Portugal entre 2008 e 2012.
Exerce desde 2013 o cargo de diretor do Mosteiro da Batalha, serviço tutelado pela Direção-Geral do Património Cultural.
Pedro Redol
Pedro Redol é licenciado em História – Variante de História da Arte e mestre em Arte, Património e Restauro. Especializou-se no estudo e conservação de vitrais antigos, em Espanha, Inglaterra e Alemanha.
É técnico superior do Mosteiro da Batalha desde 1987, funções que interrompeu para exercer as de director do Convento de Cristo, em Tomar, durante 3 anos, e de director do Museu Nacional de Machado de Castro, em Coimbra, durante outros 3 anos. É director do Mosteiro da Batalha, em regime de substituição, desde Novembro de 2011.
É igualmente professor auxiliar convidado da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e presidente do Comité Português do Corpus Vitrearum.
Proferiu numerosas conferências em Portugal, Inglaterra, Bélgica, França e Itália. Publicou 26 artigos e 4 livros sobre história, conservação, restauro e gestão do património arquitectónico e museológico, com particular relevo para o vitral.